21 setembro 2017

Um safari no Botswana - 1º e 2º dias: Khama Rhino

Era uma das viagens que tinha "agendada": visitar a Namíbia, o Botswana e Victoria Falls: afinal são ao lado uns dos outros...
Mas como queria também ir a Moçambique acabei por "cortar" a Namíbia que ficará para uma próxima...
Ficaram assim 13 dias de safari, com início em Joanesburgo (na África do Sul) e fim em Victoria Falls (no Zimbabwe), atravessando uma boa parte do Botswana.
O primeiro dia foi longo: briefing às 6h30, saída pouco depois das 7h e depois quase 500 km até à fronteira que nesta zona é "assegurada" pelo rio Limpopo (foto abaixo) que já conhecia mas mais perto da foz, no Xai-Xai, em Moçambique.


Depois de ultrapassadas as formalidades alfandegárias, relativamente simples, dos dois países, e de uma rápida paragem para um piquenique pouco depois da fronteira, restavam ainda uns 180 km até chegar ao Khama Rhino Sanctuary, perto de Serowe, uma área de 8,5 mil ha, restaurada em 1992, através de um projecto que envolve as comunidades locais e destinado a salvar as cada vez mais ameaçadas espécies de rinocerontes.

Nesta área, muito bem guardada por patrulhas anti furtivismo e pelas Forças Armadas do Botswana, o programa de cria de rinocerontes em espaços naturais tem estado a correr bem e já permitiu reintroduzir 16 rinocerontes noutros locais do Botswana.
E para além dos "rhinos" é também o abrigo de inúmeras outras espécies, como zebras, girafas, avestruzes, bois-cavalos, impalas e estes gondongas (Alcelaphus buselaphus, não sei exactamente qual a subespécie, provavelmente a caama: "Red hartebeest")
.

Antes de tomar posse dos nossos aposentos, uns pequenos "chalets" com 2 quartos, fomos fazer uma visita ao campo para ver se encontrávamos rinocerontes.
O que não foi difícil: vimo-los a caminhar para uma pequena lagoa onde já estavam outros animais.


Estivemos a vê-los beber e depois regressaram à floresta de onde tinham saído.

Continuámos o passeio, mas não por muito tempo, porque o autocarro enterrou-se na areia e foi preciso pedir um reboque para o tirar de lá. E entretanto ficou noite...

O dia seguinte foi essencialmente de ligação: cerca de 450 km até Maun, a pequena cidade junto ao delta do Okavango, onde íamos comprar abastecimentos, para levar para o delta, e passar a noite.

Pelo caminho passámos por estes extensos "lagos" salgados, nesta altura praticamente sem água, e que servem de apoio à criação de gado, em especial bovino, uma das fontes de rendimento do Botswana.


(continua...)

2 comentários:

Laurus nobilis disse...

Deve ter sido uma bela viagem. Se tudo correr bem, Namíbia é o meu destino para o ano que vem. Os rinocerontes estão fotogénicos! Quero ver mais!

Nautilus disse...

Que inveja. E dizes tu que a parte inicial foi a menos interessante... Também quero ver mais!